terça-feira, 4 de outubro de 2011

Goleiro desaparece após receber adiantamento salarial


   O goleiro Roberto (foto), que integra (ou integrava) o elenco do Centenário de Parelhas que disputa a segunda divisão do campeonato estadual, resolveu 'tomar um chá de sumiço' após receber o pagamento do salário adiantado. O jogador viajou para Caraúbas/RN, onde mora, e não retornou para o clube.
   O caso começou na véspera do jogo diante do Caicó, realizado no dia 25 de Setembro. O jogado perdeu o horário do ônibus que o levaria para o treino da equipe em Santana do Seridó (à 10km de Parelhas) e afirmou que não teria condições de viajar no seu carro próprio porquê não havia recebido um adiantamento. Após pressionar a diretoria o jogador recebeu o dinheiro. Como não apareceu no treino, não foi relacionado para a partida e deveria se reapresentar na terça-feira (27).
   Com a justificativa de que seu carro estava quebrado e que o pai não o deixaria viajar a Parelhas sozinho de ônibus, não apareceu no treino da terça. Na quarta foram as mesma desculpas, mesmo com o carro já consertado.
   Depois das faltas nos treinos, a diretoria do Centenário preferiu não esperar e negociar a devolução do dinheiro com o jogador. No entanto, ele estabeleceu valores inegociáveis e depois resolveu desligar o celular.
   "O nosso planejamento foi quebrado por conta disso. Contávamos com ele, para todo o campeonato e ele poderia ter sido mais correto conosco. Ficamos desamparados, sem poder contratar outro goleiro a tempo e até mesmo sem dinheiro para isso. E esse é um dos motivos que justifica a gente ter sofrido sete gols nos últimos dois jogos", disse o diretor Marcos Nascimento.
   O goleiro Roberto fazia parte do grupo de jogadores que foram emprestados ao clube pelo Baraúnas após uma parceria.

O curioso é que essa não foi o primeiro episódio desse tipo no clube.
   O zagueiro Nildo (Nildo), que estava recentemente nos Emirados Árabes, recebera um adiantamento salarial, ainda antes do início da disputa da segunda divisão. O jogador não pode assinar o contrato com o clube, haja vista que a janela de transferências do exterior já havia fechado.
   O Centenário tentou negociar com o jogador para que ele recebesse pelos dias de trabalho e devolvesse o restante, mas o jogador não aceitou.
   "Aprendemos que não podemos dar adiantamento salarial a ninguém no meio do futebol. Acreditava que a atitude de Nildo fosse outra, pelas excelentes referências que tínhamos dele. No entanto, não foi assim. Ele deu várias justificativas que nada tinham a ver com o acordo entre o jogador e o Centenário", disse o diretor do Azulão, Marcos Nascimento.

Fonte: Carlos Guerra Júnior

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